10 de dezembro de 2010

Complexo do Itajaí de aproxima dos 10 milhões de toneladas operadas em 2010

O Complexo Portuário do Itajaí encerrou novembro com a movimentação acumulada de 9,03 milhões de toneladas e 867,21 mil TEU´s (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés). O desempenho supera as expectativas da Autoridade Portuária, que estimava inicialmente operações de 800 mil TEU´s nos 12 meses de 2010. Com relação ao mês de novembro, a movimentação totalizou 893,92 milhões de toneladas e 89,5 mil TEU´s. Os números foram apresentados na reunião ordinária de dezembro do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Itajaí, na manhã desta sexta-feira, 10. O superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Júnior, credita o bom desempenho às políticas de captação de cargas e fidelização dos clientes, adotadas pelo Porto Público e demais terminais que compõem o Complexo, além da retomada das operações de comércio exterior após a grande crise global, a partir do final do ano passado. Os avanços, com relação ao igual período de 2009, foram de 64% em TEU´s e 70% em tonelagem. Ficam próximos do índice de 72,7%, que garantiu ao Porto Organizado de Itajaí o segundo maior crescimento entre os portos do planeta, de janeiro a outubro deste ano, segundo a consultoria internacional Drewry Independent Maritime Inteligence. O índice apresentado por Itajaí está atrás apenas do porto de Gdansk, na Polônia, cujo crescimento nos dez primeiros meses deste ano foi de 97,4%. O porto de Vladivostok, na Rússia, ocupa a terceira posição, com o índice de 70,5%. Além de Itajaí, o porto de Buenos Aires foi o único da América Latina a aparecer no ranking dos 25 portos com maior crescimento no planeta, ocupando a penúltima posição. Na análise individual por terminal, o APM Terminals Itajaí operou 6,65 mil unidades cheias de exportação, 7,88 mil unidades de importação, 5,02 mil unidades vazias de exportação e 4,26 mil unidades vazias de importação. Quanto à Portonave, as cargas movimentadas somaram 10,49 mil unidades cheias de exportação, 9,95 mil unidades cheias de importação, 4,97 mil unidades vazias de exportação e 4,25 mil unidades vazias de importação. Já os terminais a montante, à exceção da Poly Terminais, registraram substancial queda em sua movimentação, com o terminal Braskarne movimentando 8,53 mil toneladas e o Teporti 300 toneladas. O Poly operou 4,43 mil toneladas. Nas exportações, o frango congelado continua sendo o carro chefe do Complexo Portuário do Itajaí, representando a fatia 27,69% em valor e 33,5% em peso, de todas as operações registradas. Cabem às demais carnes as fatias de 20,14% em valor e 16,11% em peso, vindo em terceiro lugar na pauta de exportações via Itajaí os produtos mecânicos e eletrônicos, com 20,0% em valor e 11,05% em peso do volume total das operações. Nas importações estão no topo da pauta os produtos mecânicos e eletrônicos, com 42,35% em valor e 31,73% em peso. O segundo cabe aos produtos químicos, com 17,64% em valor e 26,41% em peso, vindo a seguir os fios e linhas, com 10,58% em valor e 8,29% em peso. Chama atenção a importação de produtos cerâmicos e vidros, que embora representem 11,18% em peso, têm baixo valor agregado, com apenas 2,29% em valor sobre o total das importações. Atracações – O volume de atracações no Complexo somou 1,133 mil no período de janeiro a novembro, com avanço de 24% comparativamente aos 11 meses de 2010. Desse total, 484 atracações ocorreram nos berços da APM Terminals Itajaí e cais comercial [ante 282 atracações em igual período de 2009] e 562 no cais da Portonave S/A – Terminais Potuários Navegantes. Vale ressaltar que os números registrados pela Portonave nos 11 meses deste ano são exatamente os mesmos registrados no ano passado. Os demais terminais registraram 87 atracações em 2001 e 71 no ano passado. O diretor comercial do Porto de Itajaí, Robert Grantham, afirma que o significativo avanço no número de atracações no cais público e APM Terminals comprova a plena recuperação do Porto de Itajaí em 2010. “Esse número ganha ainda mais peso pelo fato do Porto de Itajaí e APM terem operado praticamente durante todos os 11 peses com restrições de cais, uma vez que as obras de reconstrução foram inauguradas apenas em outubro e novembro”, diz. Se analisado apenas o mês de novembro, foram registradas escalas de 23 diferentes serviços semanais full container, com 94 navios, sendo 44 na APM Terminals e 50 na Portonave, além de nove outros navios nos terminais a montante e Porto Público, totalizando 103 escalas. Os serviços semanais compreendem seis serviços de/para a Ásia, quatro de/para Europa, três de/para o Mediterrâneo, dois de/para a Costa Leste dos EEUU, tres de/para o Golfo do México, dois de/para o Caribe, um de/para o Oriente Médio, um serviço feeder do Rio de Prata e um serviço de cabotagem. “O leque de opções de serviços que nosso complexo oferece comprova que a grande maioria dos armadores escala na costa brasileira mantém serviços aqui, o que nos garante uma boa margem de competitividade no cenário portuária nacional”, acrescenta Grantham.

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