14 de maio de 2010
Condições climáticas adversas impactaram nas operações do Complexo Portuário em abril
As fortes chuvas que caíram no decorrer de abril trouxeram significativas perdas para o Complexo Portuário do Itajaí no período. O porto e terminais instalados às margens do Rio Itajaí ficaram sem operar pelo período de sete dias e, como conseqüência, registraram decréscimo de trinta atracações, comparativamente a março deste ano. Essa redução no número de navios operando no Porto de Itajaí e demais terminais que compõem o Complexo impactou na redução de 20,71% na movimentação em toneladas e de 21,47 no volume de TEU (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), em relação a março. Os números foram divulgados na manhã desta sexta-feira [14] pelo diretor comercial do Porto de Itajaí, Robert Grantham, ao Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Itajaí.
Se analisada a movimentação acumulada no primeiro quadrimestre do ano, comparativamente a igual período de 2009, o Complexo registrou um crescimento de 94% no número de atracações, 128% nas operações com contêineres e 121% na movimentação geral de cargas. “Porém, esse dado torna-se irrelevante, uma vez que nos meses de janeiro a abril do ano passado o Complexo operou com sérias restrições de calado, o que reduziu drasticamente suas condições operacionais”, afirma Grantham.
Segundo o diretor, os 30 navios que deixaram de atracar no Complexo durante os dias de barra impraticável representaram para a Autoridade Portuária perdas de aproximadamente R$ 600 mil em tarifas relacionadas a Tabela I [utilização de infraestrutura de proteção e acesso aquaviário] que deixaram de arrecadadas.
Superação – Grantham ainda destacou, durante a reunião do CAP, a quebra do paradigma de que o Complexo do Itajaí não tem condições de operar com navios com mais de 270 metros de comprimento, com a atracação do navio Santa Rafaela, do armador chileno CSAV, em abril. “Esse foi um fator positivo para o Complexo Portuário do Itajaí”, afirma Grantham.
O cargueiro tem 282 metros de comprimento e, apesar da atracação ter sido experimental no berço 1, operado pelo Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí (Teconvi/APM Terminals), comprovou que o Complexo tem condições de operar navios desse porte. “Cabe salientar o empenho da Praticagem e da autoridade marítima na consecução desta operação, juntamente com a Superintendencia do Porto.”
O Porto de Itajaí também encerrou em abril as operações com navios de turismo da temporada de cruzeiros 2009/2010, com 39 escalas, que movimentaram 42,71 mil passageiros entre os meses de outubro do ano passado e abril deste ano, ante 18 atracações e 31,28 mil passageiros da temporada anterior. Os embarques somaram 7,09 mil passageiros e, os desembarques, 7,94 mil passageiros.
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