22 de fevereiro de 2010

Autoridade Portuária busca alternativas para acabar com impasse entre Teconvi e caminhoneiros

A Autoridade Portuária de Itajaí intermédia as negociações entre os motoristas filiados ao Sindicato dos Transportadores Autônomos de Contêineres e cargas em Geral de Itajaí e Região (Sintracon) e Terminal de Conteineres do Vale do Itajaí (Teconvi). O impasse foi gerado pela contratação de empresa não ligada ao sindicato para o transporte de contêineres vazios em operações de cabotagem, que tiveram início em janeiro deste ano e que fizeram com que os motoristas ameaçassem trancar os acessos ao Porto. O superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior, acompanhado do diretor de Integração, Saul Airoso da Silva, esteve reunido nesta sexta-feira [19] com o presidente do Sintracon, Ademir de Jesus, com representantes dos motoristas e com Ricardo Trotti, do Teconvi, onde ponderou a o quanto de benefício das operações com cabotagem no porto itajaiense traz para a economia como um todo, “Cada contêiner movimenta algo em torno de R$ 1,5 milhão na economia local e não podemos, devido a um impasse sobre os contêineres vazios, que representam uma fatia muito pequena do volume global, perder esse nicho de mercado”, diz Ayres. Segundo estatísticas apresentadas pelo superintendente, de 13 escalas de cabotagem operadas no terminal Portonave e um total de 2,82 mil unidades e 4,5 mil TEU (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), apenas 100 dos contêineres operados foram vazios. Ayres ainda diz que, além do prejuízo, a saída desse serviço do Porto de Itajaí geraria uma imagem muito negativa, uma vez que a Autoridade Portuária criou toda uma política para trazer esse serviço para Itajaí, com redução de tarifas portuárias e intermediação junto à mão de obra para redução de custos. Como Autoridade Portuária, Ayres ainda se comprometeu junto ao Sindicato de conversar com os representantes da empresa Aliança Navegação, que opera cabotagem em Itajaí, para que o armador estude a possibilidade da contratação dos serviços do Sintracon.

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