19 de fevereiro de 2010
Aumentam operações de importação na margem direita
As operações do Complexo Portuário do Itajaí em janeiro deste ano ficaram aquém das registradas em dezembro de 2009. As estatísticas mostram que a movimentação total de cargas no primeiro mês do ano apresentou um recuo de 15,98%. Se analisados apenas as operações com contêineres (em TEU – Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), a retração é de 11,51%. As atracações mostraram uma queda de 7,62%. Os números foram apresentados na reunião do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Itajaí, na manhã desta sexta-feira [19].
Segundo o diretor comercial do Porto de Itajaí, Robert Grantham, a redução registrada no mês se deu por conta de um volume menor movimentado pela Portonave SA – Terminais Portuários Navegantes, com recuos de 26,04% em tonelagem, 20,79% em TEU e 14,04% nas atracações. “Por outro lado o Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí (Teconvi) mostrou um crescimento de 16,37% em sua movimentação, em tonelagem. Em TEU o avanço foi de 15,21% e o número de atracações cresceu 15,38%, o que mostra a nítida recuperação das operações do terminal”, afirma o diretor. Grantham acrescenta que as importações do Teconvi registraram um expressivo avanço, saltando de 6,18 mil TEU em dezembro para 8,13 mil TEU em janeiro.
O superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior, acredita que os volumes operados voltem a crescer em curto espaço de tempo. “Reduções nos embarques nos primeiros meses do ano são comuns no mercado do comércio exterior, realidade que muda, geralmente, no início do segundo trimestre”, afirma Ayres.
Grantham explica que, excepcionalmente, os números de foram são comparados com o mês anterior e não com o igual período do ano anterior, uma vez que em janeiro de 2008 as operações ainda estavam fortemente afetadas pelos efeitos das enchentes, o que invalida a comparação.
Realidade nacional – Os resultados do Complexo em janeiro não fogem da realidade do comércio exterior brasileiro, que registrou uma queda de 14% nas exportações de janeiro e um discreto crescimento de 2,7% nas importações. Já o panorama internacional, ainda apresenta-se nebuloso.
Por um lado observam-se alguns sinais de recuperação da economia norte-americana e, por outro, uma estagnação nos países da zona do Euro, agravada no momento pela crise de confiança nos países periféricos da região, os chamados PIIGS [Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha]. “Esta crise resultou numa pequena desvalorização da moeda nacional, que num patamar de R$ 1,80/1,90 pode ajudar a alavancar as exportações, melhorando o saldo comercial que começou o ano negativo”, explica Robert Grantham. Segundo o diretor, a China continua sendo o motor da economia mundial, com seus índices de crescimento expressivos e um grande parceiro comercial do Brasil.
Quanto aos armadores, informa Grantham, todos, sem exceção, estão passando a demandar fretes mais altos, num movimento de recuperação de preços, que pode ter algum efeito negativo para algumas mercadorias. “Mas de modo geral é salutar para o conjunto do comercio internacional, pois fretes abaixo do custo operacional refletem em má qualidade de serviços”.
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