28 de outubro de 2009
Japoneses estudam projeto para minimizar impactos de enchentes no Vale do Itajaí
Um grupo técnico formado por membros da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Japan International Cooperation Agency – Jica), governo do Estado, Grupo Técnico Científico (GTC) [que elaborou o Plano Integrado de Prevenção e Mitigação de Riscos de Desastres Naturais na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí – PPRD-Itajaí] e de entidades governamentais ligadas à área de pesquisa visitou o Porto de Itajaí nesta quarta-feira [28]. Na pauta a busca de subsídios para a elaboração de plano para contenção de cheias e discussões sobre apoio técnico e financeiro para a implementação do projeto.
No Porto de Itajaí os integrantes da Jica foram recebidos pelo superintendente Antônio Ayres dos Santos Júnior, que vê com bons olhos a proposta, que aglutina propostas de diferentes segmentos da comunidade técnica-científica, com o objetivo de minimizar ou até eliminar futuros danos ambientais, a exemplo das enchentes que assolam com freqüência a região.
O coordenador do GTC e presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Antonio Diomário de Queiroz, informa que já existe um plano integrado para contenção de cheias na região que tem as linhas gerais e, a partir dele, está se buscando elaborar projetos para mitigar os efeitos das enchentes em Itajaí e região.
“A Jica vai elaborar o projeto, que deverá ser financiado pelo Estado de Santa Catarina e deve financiar obras estruturais que minimizem os impactos das enchentes”, afirma Queiroz. Ele informa que a primeira etapa do projeto deve custar cerca de US$ 50 milhões.
“Dá para dizer seguramente que com a participação da Jica estamos bem mais próximos de uma solução”, afirma o secretário de desenvolvimento regional de Itajaí, Gilberto Antônio Gadotti. Para ele, a união de diversos projetos isolados em um grande projeto é um bom sinalizador para uma solução concreta.
Roteiro – Além de Itajaí a delegação esteve na capital do Estado, Blumenau, Brusque, Gaspar, Ilhota e Rio do Sul. Após a visita, os japoneses apresentarão aos governos municipais e entidades de classe uma carta de intenção para prestar apoio técnico e financeiro a projetos contra catástrofes naturais, como a ocorrida em novembro do ano passado.
As visitas também servirão para a Jica atualizar estudos feitos na região. Os japoneses estiveram no Vale do Itajaí após as enchentes de 1983 e 1984 para ajudar na elaboração de projetos de prevenção contra novos desastres. Naquela época, foi proposta a construção de um canal extravasor no Rio Itajaí, mas, por questões ambientais e financeiras, ela foi rejeitada.
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