16 de outubro de 2009
Complexo Portuário do Rio Itajaí apresenta sinais de retomada nos volumes operados
Os impactos das deficiências na infraestrutura terrestre e aquaviária do Complexo Portuário do Rio Itajaí não devem impedir que o Porto de Itajaí encerre o ano de 2009 entre os principais portos brasileiros em movimentação de contêineres, com números absolutos muito próximos aos que devem ser apresentados pelos seus concorrentes diretos, que são os portos de Rio Grande e Paranaguá. A projeção foi elaborada com base nas estatísticas referentes à movimentação de contêineres registrada em setembro, com avanço de 3,13% no número de unidades operadas e de 11,78% na média de TEU (Twenty Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés) embarcada por navio.
Os números foram apresentados pelo diretor Comercial Robert Grantham na reunião ordinária de outubro do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Itajaí na sexta-feira [16]. Ele destaca que a movimentação acumulada nos nove primeiros meses deste ano o complexo registra um recuo de 20%, em relação ao igual período do ano passado, mas diz que o índice que não difere do apresentado por muitos portos brasileiros, impactados diretamente pela crise internacional. “Vale destacar que no período [de 1º a 30 de setembro] o complexo ficou sem operar por três dias, devido às fortes correntezas geradas pelas chuvas ocorridas na última semana do mês, o que impactou na redução dos volumes operados”, diz Grantham.
Segundo o diretor, as mudanças com relação às operações com carga geral verificadas no decorrer deste ano, com ênfase para o segundo semestre, também merecem destaque. “O número de atracações de navios de carga geral aumentou 53% no período [decorrente da consolidação das operações dos terminais privativos instalados a montante] e as operações com carga geral se fortalecem com o redirecionamento das atividades do terminal privativo Braskarne, que muda o foco das cargas congeladas para carga geral, inclusive, trazendo para Itajaí operações de importação de bobinas de aço, que eram feitas no Porto de São Francisco do Sul”, ressalta Grantham.
Otimismo – Enquanto o Complexo Portuário do Rio Itajaí mostra claro sinais de retomada nos volumes operados, o comércio exterior também aponta para uma recuperação em nível global. As exportações chinesas caíram menos do que o previsto em setembro com relação ao ano passado, sugerindo uma recuperação em economias no resto do mundo.
A movimentação de contêineres nos portos da Europa apresenta sinais de recuperação dos efeitos da crise econômica mundial desde agosto e a balança comercial brasileira acumula um superávit 8,1% superior ao registrado de janeiro a setembro de 2008.
A recuperação nos volumes operados verificada nos últimos meses, aliada às mudanças no cenário global, bem menos impactado pela crise, geram certo otimismo com relação às operações do Complexo Portuário do Rio Itajaí a partir do ano que vem, ainda que ressaltando o impacto da valorização do real frente ao dólar sobre os manufaturados, que respondem por uma boa parcela das exportações catarinenses.
Na via contrária estão as empresas armadoras, que na euforia do crescimento do comércio exterior mundial registrado nos últimos anos fez pesados investimentos na ampliação e renovação das frotas, continuam a amargar grandes dificuldades financeiras, agravadas pela drástica redução nos custos dos fretes, ocasionada pela grande oferta existente no mercado.
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