28 de setembro de 2009

A realidade dos hub ports será discutida no Fórum NetMarinha 2009

O crescimento do tamanho dos navios porta-contêineres é uma tendência irreversível no comércio mundial. Buscando cada vez mais ganhos de escala para reduzir seus custos operacionais, os principais armadores do planeta vêm encomendando embarcações cada vez maiores. Cenário que abriu espaço para a criação dos portos concentradores de cargas, os hob ports, que já são uma realidade na maior parte dos mercados desenvolvidos e nos emergentes de grande porte, principalmente na Ásia e Oriente Médio. Com maior área e capacidade operacional, equipamentos modernos e mais produtivos e infraestrutura capaz de receber os novos super porta-contêineres, os hub ports são não só uma tendência, mas uma necessidade para que o comércio exterior de um país ganhe competitividade. Os portos menores funcionam como alimentadores (feeders ports), levando, através de cabotagem, as cargas para serem consolidadas nos hub ports. Com isso, os grandes porta-contêineres fazem poucas escalas, somente nos portos concentradores mundiais, ficando menos tempo parado nos portos. Isso aumenta a produtividade do navio e derruba os custos do transporte. No entanto, no Brasil isso ainda não ocorre. A maioria dos portos brasileiros ainda não tem capacidade para receber os grandes porta-contêineres e a prática mais comum é que os navios parem em diversos terminais espalhados pela costa brasileira. Esse será o tema do seminário técnico realizado na quinta-feira [01], primeiro dia do Fórum NetMarinha. O evento é parte integrante da segunda edição da Itajaí Trade Summit, feira de comércio internacional e logística que acontece de 30 de setembro a 02 de outubro, no Centro de Promoções Itajaí-Tur [Parque da Marejada]. Participam do encontro os principais profissionais dos setores empresarial, público e acadêmico, além de especialistas e investidores estrangeiros, para discutir quais serão os hub ports brasileiros, como eles serão escolhidos e aparelhados. Participantes – “Os portos concentradores de carga (hub ports) são uma solução viável para o Brasil?”, esse será o questionamento dos especialistas que se reúnem durante o primeiro seminário técnico. O evento contará com a participação dos superintendentes dos portos de Itajaí e Portonave S/A – Terminais Portuários Navegantes, Antônio Ayres dos Santos Júnior e Osmari de Castilho Ribas, que apresentarão o painel “O futuro do Porto de Itajaí frente aos novos grandes navios na costa brasileira”, juntamente com representantes do Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí (Teconvi) e de armadores. O segundo painel, apresentado pelo presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Alcantaro Corrêa; pelo presidente da empresa armadora CMA-CGM no Brasil, Nelson Carlini; pelo diretor de Planejamento Estratégico e Controle do Porto de Santos, Aluísio de Souza Moreira; e por Janir Branco, superintendente do Porto de Rio Grande, vai abordar as “vantagens dos hub ports para os usuários e para o país e quais são as condições mínimas de operação”. Representante da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq) também participa do painel. O primeiro dia do seminário técnico será fechado com o painel: “Como escolher os hub ports brasileiros?”, que será dividido em vários subtemas. Participam do painel a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (a confirmar); Fabrizío Pierdomenico, subsecretario de Planejamento e Desenvolvimento Portuário da Secretaria Especial de Portos (SEP); Juarez Moraes e Silva, presidente do Conselho de Administração da Abratec; Gustavo Costa, gerente da empresa armadora Hamburg Süd; e Patricio Junior, Diretor executivo da W. Xavier Transportes e Logística.

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