15 de maio de 2013

Medida Provisória e Bacia de Evolução na pauta de mesa redonda na Univali

Medida Provisória e Bacia de Evolução na pauta de mesa redonda na Univali

Itajaí, 14.05.2013 - O teatro Adelaide Konder, localizado no campus da Univali – Universidade do Vale do Itajaí, recebeu uma mesa redonda que tratou da “Medida Provsória 595, a Bacia de Evolução e seus impactos na atividade do Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu”. Como debatedores, participaram Antônio Ayres, superintendente do Porto de Itajaí, Osmari de Castilho Ribas, superintendente da Portonave, Paulo Corsi, superintendente do Porto de São Francisco do Sul, Ricardo Arten e superintendente da APM Terminals Itajaí. A mesa redonda aconteceu na noite da terça-feira (14).
Dentre as questões abordadas e que os quatro debatedores concordam estão: ampliação da Bacia de Evolução do Rio Itajaí-Açu é fundamental para que o Complexo Portuário se mantenha competitivo na América do Sul, a Medida Provisória 595 não resolverá os problemas do sistema portuário brasileiro, mas o cenário ficará pior se não for aprovada aos moldes estipulados pelo Governo Federal e que obras de infraestrutura na logística, tais como estradas e ferrovias modernas são fundamentais para o desenvolvimento da atividade portuária no Brasil.
Bacia de Evolução
Estimado em R$ 300 milhões, o projeto prevê o alargamento do canal interno e o realinhamento do molhe norte, o que possibilitará a entrada de navios com 366m de comprimento por 51 de boca. Antônio Ayres explica que a obra é fundamental para a competitividade do complexo. “Esta obra está sendo planejada com todo o cuidado desde 2010, mas não se pode perder os prazos, sob pena de ficarmos para trás”, afirma o superintendente do Porto de Itajaí. O Governo de Santa Catarina já garantiu os R$ 120 milhões iniciais, mas existe a necessidade da licença ambiental para que se busquem os R$ 180 milhões restantes junto ao governo federal.
Economia local
O Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu é o segundo maior em movimentação de contêineres do país. Em 2012 movimentou mais de 1 milhão de TEUs (unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), o que coloca o complexo entre os seis maiores da América Latina. Além dos impostos revertidos para Itajaí e Navegantes, fundamentais para o crescimento dos dois municípios, as atividades portuárias e de logística empregam cerca de 25 mil moradores das duas cidades.
Estudos
Os estudos para a construção da nova bacia de evolução estão sendo realizados pela empresa holandesa Arcadis, com reconhecimento internacional nesse tipo de avaliação, há cerca de três anos. Envolveram simulações e modelagens matemáticas, levando em consideração a velocidade da água e outros fatores ligados diretamente à navegação no rio Itajaí-Açu, e a única opção de local que oferece segurança às operações de atracação é a jusante da atual bacia de evolução. A construção envolve desapropriações de imóveis no bairro São Pedro, em Navegantes.

Uma equipe de pesquisadores da empresa Consiliu, especialista em consultorias ambientais, tem feito entrevistas com os moradores do bairro. Cerca de 130 famílias já foram ouvidas. “A principal preocupação dos entrevistados é o tempo de permanência em suas casas e o futuro destino, quando as obras forem iniciadas”, afirma o coordenador de campo da empresa, Silon Noernberg. A previsão é que os trabalhos se estendam até o final de maio.

Além de já estarem sendo realizados há três anos, os estudos empreendidos para definição da nova bacia de evolução já consumiram mais de R$ 3 milhões, recursos obtidos junto a Portonave e APM Terminal."Os recursos para as desapropriações e realocações das famílias instaladas no local já constam nas estimativas de custo da obra, que somam, em sua totalidade, R$ 300 milhões", explanou Ayres. A estimativa de custos engloba, além das despesas de realocação de propriedade privada, custos com dragagens, taludes de proteção e outros itens relacionados à obra como um todo.
 

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