Faltando três dias para o termino de 2012 a Autoridade Portuária de Itajaí comemora a marca de mais de 1 milhão (1.002.505) de TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), estipulada para o ano. Do total operado, 401.160 TEUS foram movimentados pelo Porto Público, APM Terminals e demais terminais portuários instalados a montante e 601.345 TEUs movimentados pela Portonave S/A Terminais Portuários Navegantes.
Essa meta havia sido determinada para o exercício de 2011, porém, uma paralisação de 25 dias dos trabalhadores portuários avulsos ocorrida em novembro do ano passado, mais os impactos de enchente ocorrida em setembro – que paralisou a atividade portuária por oito dias – impediu que o objetivo fosse alcançado.
Para o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior, o volume operado entre 1º de janeiro e 28 de dezembro representa mais que uma meta cumprida e sim a quebra do paradigma de que um porto pequeno, instalado na foz de um rio e com pequena área acostável pode ser eficiente e produtivo.
“Esse número de TEUs movimentados nos mantém na segunda posição do ranking nacional de movimentação portuária – atrás apenas do Porto de Santos, que é o maior do Brasil – , nos coloca entre os seis portos da América Latina com movimentação de mais de 1 milhão de TEUs e também no rol dos cem maiores portos do mundo com relação a movimentação de cargas conteinerizadas”, comemora Ayres.
O volume de cargas operado pelo Complexo Portuário do Itajaí – que engloba o Porto Público, APM Terminals Itajaí, Portonave Terminais Portuários Navegantes S/A e demais terminais instalados a montante representa também um avanço de significativo sobre a movimentação de 2099, primeiro ano da atual gestão do Complexo.
“Número que ganha ainda mais peso quando levamos em consideração todas as adversidades pelas quais passamos, a exemplo da destruição de dois berços e do assoreamento de nossos canais de acesso e bacia de manobras no final de 2008, da interdição de um berço de atracação com a enchente de 2011 e também com os impactos da crise econômica mundial, que impactou drasticamente nas operações de comércio exterior em praticamente todo o planeta”, destaca Ayres.
Investimentos – Segundo o superintendente do Porto de Itajaí, os investimentos que o Complexo Portuário recebeu no período também foram decisivos para que a meta fosse alcançada. “Somente a Secretaria de Portos da Presidência da República injetou cerca de R$ 380 milhões, aplicados na reconstrução de berços, dragagens de restabelecimento de profundidades e aprofundamento para cota de -14 metros e obras de reforço e realinhamento do molhe; e está aplicando mais R$ 114 milhões no reforço e realinhamento do berço 4, cujo edital da licitação para a contratação das obras foi lançado nesta semana”, acrescenta Ayres.
Entretanto, além dos recursos federais, a Autoridade Portuária realizou uma série de investimentos com recursos próprios, bem como a iniciativa privada, que opera os terminais instalados nas margens direita e esquerda da foz do Rio Itajaí-Açu.