30 de janeiro de 2009

Trabalhadores portuários de Itajaí aderem ao pacto de redução de custos

Trabalhadores portuários pertencentes a seis categorias profissionais anunciaram nessa sexta-feira, 30, através da Intersindical dos Trabalhadores Portuários, a adesão ao “pacto de redução de preços e tarifas” consolidado no último dia 26 de janeiro em reunião no auditório Martin Schmeling, no Porto de Itajaí com a assinatura de onze autoridades e empresários vinculados à atividade portuária. O presidente da Intersindical – Saul Airoso da Silva – garante que os trabalhadores já tinham sinalizado desde o início das conversações no sentido de conceder “em alguns casos” redução acima do dez por cento previsto no pacto inicial apresentado no CAP – Conselho de Autoridade Portuária. A Intersindical dos Trabalhadores Portuários representa cerca de 800 trabalhadores portuários, compreendendo vigias, estivadores, arrumadores, conferentes, consertadores e bloqueiros. Segundo Saul Airoso da Silva “Além de estarmos dispostos a estabelecer reduções que vão além da proposta inicial apresentada no CAP e dos termos do pacto assinado no último dia 26, estamos aplicando redução em torno de cinquenta por cento no custo da mão-de-obra no caso específico dos serviços que envolvem a atividade de cabotagem”. Disse o líder sindical. O “pacto de redução de preços e tarifas” foi apresentado no CAP na reunião extraordinária do dia 19 de janeiro pelo superintendente do Porto de Itajai – engenheiro Antonio Ayres dos Santos, e pelo diretor comercial do Porto de Itajaí – Robert Grantham. No dia 26 foi promovida reunião com autoridades municipais, portuárias, empresariais e lideranças classistas para ultimar detalhes da proposta, discutir texto final da proposta e assinar o pacto. Naquele dia mesmo o documento já tinha sido subscrito por onze lideranças, incluindo o prefeito Jandir Bellini, o superintendente do Porto de Itajaí – Antonio Ayres dos Santos, o presidente do CAP – Anselmo José de Souza, diretor-superintendente operacional do Portonave – René Duarte, diretor-superintendente administrativo do Portonave – Osmari de Castilho Ribas, gerente de atendimento a clientes do Teconvi – Alexandre Heitmann e o diretor executivo do OGMO – Luciano Angel Rodriguez , entre outros. Justificando a adesão do Portonave ao pacto o superintendente administrativo, Osmari de Castilho Ribas destacou que há uma pressão internacional, devido a crise econômica, no sentido de segurar e adequar as tarifas, por isso “temos de fazer ajuste de acordo com as novas condições de mercado”. O presidente do CAP – Anselmo José de Souza justificou a proposta do pacto falando em desarmamento de espírito neste momento de crise, porque “o enfoque do mundo mudou e iniciativas como o pacto que estamos propondo deixou de ser uma imposição para se realizar como uma parceria no seu grau máximo.” Robert Grantham enfatiza que “Temos de sinalizar que estamos atentos às necessidades de nossos clientes. Podemos ser criativos nesse momento de crise. Isso significa dizer que não precisamos somente diminuir os preços dos serviços”. Como exemplo dessa criatividade o serviço de praticagem decidiu aplicar os valores das tarifas de junho de 2008 até junho de 2010. Esses valores serão praticados para os armadores que mantiverem fidelidade com os terminais que integram o Complexo Portuário do Rio Itajaí, mantendo as escalas que operavam antes da enchente de 2008.

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