O Complexo Portuário do Itajaí encerrou o mês de maio com uma movimentação acumulada nos primeiros cinco meses do ano de 395,42 mil TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), com crescimento de 11% sobre o mesmo período do ano anterior. A movimentação do mês de maio foi de 91,5 mil TEUs, praticamente o mesmo volume do mesmo mês em 2010. As estatísticas foram apresentadas durante a reunião ordinária de maio do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Itajaí, na manhã desta sexta-feira, 10.
“Em janeiro o Complexo Portuário do Itajaí obteve um crescimento extraordinário, de 33%; em fevereiro o avanço foi menos significativo, de 9% e em março o Complexo registrou recuo de 3%. Já em abril foi recuperada movimentação, com crescimento de 27%. Entretanto, em maio a movimentação se igualou ao igual período do ano anterior”, explica o diretor comercial do Porto de Itajaí, Robert Grantham. Os números apurados no decorrer de 2011, segundo Grantham, demonstram que o desempenho na movimentação de containers no Complexo ao longo dos primeiros meses vem mostrando uma evolução cambiante mês a mês.
Analisando os terminais separadamente, constata-se um crescimento expressivo na movimentação da APM Terminals Itajaí, com um acumulado de 46% nos primeiros cinco meses do ano. Foram 182,67 mil TEUs operados. Já a Portonave apresentou resultados mais modestos: retração de 8% em sua movimentação, registrando um acumulado de 211.867 TEUs operados.
Em termos de escalas, porém, a Portonave registrou em maio 59 escalas contra 47 na APM Terminals. A consignação média por navio ficou em 926 TEUS na APM Terminals e 812 TEUS na Portonave. Os demais terminais registraram uma escala na Braskarne, uma escala na Poly Terminais e quatro escalas no Teporti.
Fluxos – Com relação ao fluxo das cargas, em tonelagem, em maio as importações cresceram 4,8% e as exportações, 5,7%. No acumulado em 2011 o crescimento registrado nas exportações foi de 12% e, nas importações, de 13,5%. Os números são relativamente proporcionais aos registrados nas operações de comércio exterior em Santa Catarina. As exportações do estado no período compreendido entre janeiro e maio acumulam alta de 20% em relação ao mesmo período no ano anterior. Contudo, a receita de US$ 3,48 bilhões com os embarques não foi suficiente para reverter o déficit da balança comercial catarinense, que acumula saldo negativo US$ 2,19 bilhões, influenciada pela alta de 31,5% nas importações, que somaram US$ 5,68 bilhões no período. Os dados são da Federação das Indústrias de Santa Catarina no início desta semana.
A elevação dos embarques no período foi puxada por produtos tradicionais da pauta catarinense, como blocos de cilindros e cabeçotes para motores (53,5%), carne suína (46,2%), motores elétricos (44%), preparações alimentícias de carne de frango (32,8%) e carne de frango (29,4%). Já nas importações, parte do salto está relacionada aos programas de incentivos fiscais, que levaram empresas de outros estados a importar pelos portos catarinenses. Os produtos mais importados nos primeiros cinco meses do ano foram fios de cobre refinado, que registrou alta de 77,9%, polietileno (48,7%), pneus para ônibus, caminhões e automóveis (40,8%), fios de fibras de poliésteres (36,7%) e catodos de cobre refinado (25,5%).