15 de abril de 2010
Infraestrutura portuária atrai empresa norte-americana para Itajaí
A indústria Deep Flex, especializada na fabricação de dutos para exploração em águas (pré-sal) quer instalar sua primeira unidade industrial no Brasil e Itajaí atende às necessidades logísticas da empresa. Os contatos iniciais foram feitos em visita dos diretores da empresa no Stand do Complexo Portuário do Itajaí e culminaram com a vinda de um grupo de executivos da Deep Flex à cidade nesta quarta-feira [14].
O prefeito Jandir Bellini e o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Junior, receberam nesta quarta-feira os representantes da empresa norte-americana Deep Flex, David Barnes, Donald Bockoven Jr e Kent Castleman. Eles conheceram a infraestrutura do Complexo Portuário do Itajaí durante a Intermodal 2010, onde em conversas com o diretor comercial do Porto Robert Grantham perceberam que a cidade de Itajaí atende as necessidades da empresa, que prospecta a instalação de uma unidade fabril no Brasil.
A Deep Flex conta atualmente com uma fábrica piloto nos Estados Unidos e deve construir sua primeira unidade industrial no Brasil. A empresa vai investir inicialmente entre US$ 80 milhões e US$ 100 milhões e gerar 100 empregos diretos. A empresa é pioneira na construção de dutos flexíveis para exploração de petróleo em águas profundas (pré-sal) em material sintético, com custos mais competitivos e em matéria-prima bem mais leves e resistentes que os dutos utilizados atualmente pela indústria petrolífera, que são em aço.
David Barnes informou que são produtos desenvolvidos dentro da mais alta tecnologia, com grande perspectiva de mercado. “A grande vantagem é que com esses dutos as embarcações de apoio às bases de petróleo podem ser bem menores que as utilizadas atualmente, o que gera uma significativa redução de custos”, afirmou.
“O Brasil responde hoje por cerca de 60% da exploração de petróleo no mundo e foi por isso que escolhemos o país para instalar nossa primeira unidade industrial. A fábrica piloto opera nos EUA desde 2007 e já exporta para diversos países, mas precisamos expandir nossos negócios”, explicou Kent Castleman.
Robert Grantham garante que Itajaí atende às necessidades da indústria, que precisa se instalar em área próxima de um porto, para poder embarcar seus produtos, com grandes dimensões e que necessitam de logística especial. “Nosso Complexo Portuário supre todas as necessidades da empresa com relação à área para construção, uma vez que existe bastante espaço contiguo a alguns de nossos terminais portuários”, afirma o diretor.
O prefeito Jandir Bellini, juntamente com a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda de Itajaí, Rogéria Gregório, se comprometeu a avaliar a possibilidade de beneficiar a empresa norte-americana com incentivos fiscais e econômicos. “Como Poder Público vamos fazer tudo o que for possível e que a legislação permitir para que o projeto se viabilize em Itajaí”, afirmou o prefeito.
“A visita desses empresários à Itajaí já é reflexo da participação da Autoridade Portuária na Intermodal South America, uma feira com grande expressividade nos mercados latino-americano e mundial”, diz o superintendente Antônio Ayres dos Santos Júnior. Em Itajaí os empresários também visitaram os terminais privativos Barra do Rio e Teporti/Interporti.
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