22 de janeiro de 2010

2009: um ano marcado pela recuperação

O Complexo Portuário do Rio Itajaí chegou ao final de 2009 em quarta posição no ranking dos principais portos brasileiros em movimentação de contêineres, com 593,27 mil TEU (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés) operados entre janeiro de dezembro do ano passado. “Embora tenhamos caído do segundo para o quarto lugar no ranking de movimentação de contêineres, ficamos bastante próximos dos nossos concorrentes imediatos [Rio Grande, com 630,03 mil TEU e Paranaguá, com 627,88 mil TEU]. Entretanto, se considerarmos apenas o segundo semestre, o Complexo Portuário de Itajai já retoma a segunda posição no Brasil, com 290,42 mil TEU, contra 285,29 mil TEU de Rio Grande e 277,03 mil TEU de Paranaguá”, informa o diretor comercial do Porto de Itajaí, Robert Grantham. O diretor diz ainda que ocorreu no período uma significativa recuperação nas escalas, com o retornos dos armadores que haviam se retirado do Complexo após as enchentes de 2008. “Registramos queda de apenas 2% nas atracações de navios full containeres, crescimento de 71% nas escalas de navios de carga geral e de 44% nas atracações de navios de cruzeiros”, acrescenta. Entretanto, ele informa que o segmento de carga reefer breakbulk apresentou uma queda de 57%. “Mas esse recuo não nos surpreende, pois segue uma tendência mundial. O importante destacar é que registramos um crescimento de 1,09% no total das escalas”, diz o diretor. Com relação às operações com contêineres no Complexo Portuário do Rio Itajaí, no ano passado foi registrado um recuo de 14%, enquanto a Secretaria Especial de Portos (SEP) estima uma queda de 15% na média de movimentação de contêineres nos portos brasileiros. “Esses números mostram que o Complexo Portuário não perdeu sua atratividade e ainda é visto como um importante porto, tanto pelos armadores, como pelos importadores e exportadores”, afirma o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior. Segundo as estatísticas relacionadas a 2009, a performance por terminal indica um crescimento de 82% na Portonave [216,54 mil TEU em 2008 e 394,9 mil TEU em 2009], com a movimentação média mensal de 18,05 mil TEU em 2008 e 32,91 mil TEU em 2009. O Teconvi, por sua vez, registrou uma queda de 59% [476,99 mil TEU em 2008 e 196,63 mil TEU em 2009], com a média mensal de 39,75 mil TEU em 2008 e 16,39 mil TEU em 2009. Em termos de balança comercial, em 2009 Itajaí foi responsável por 1,72% das exportações e por 2,57% das importações brasileiras. Enquanto as vendas externas do Brasil registraram queda de 23,08%, as exportações de Itajaí tiveram queda de 1,44%. As importações brasileiras tiveram queda de 26,22% e Itajaí registrou recuo de apenas 3,02% frente ao ano anterior. Do total da corrente de comércio brasileira, Itajaí é responsável por 2,11%. Expectativas – Robert Grantham acredita que 2010 não seja um ano fácil para o comércio exterior, mas aposta em significativo avanço nas operações do Complexo, devido à conclusão das obras de reconstrução do cais do Porto de Itajaí, que tendem a ocorrer no primeiro semestre, além do retorno ou entrada de linhas de navegação, do aumento na movimentação de carga geral e também pelo aumento das importações. “Porém, neste ano os exportadores enfrentarão as dificuldades decorrentes da valorização cambial, do crescimento moderado das economias desenvolvidas e da perda de mercados tradicionais, como os Estados Unidos, para outros países emergentes, notadamente a China. Por outro lado, o volume de importações deve manter-se em alta, com reflexos na balança comercial”, prevê Grantham. Com relação aos armadores, ele diz que, por ainda amargarem gigantescos prejuízos, as empresas de navegação dão continuidade à incessante busca pelo ajuste da capacidade de suas frotas ao tamanho do mercado, seja pela retirada de tonelagem, pela suspensão das entregas de novos navios ou por novos acordos de associação. “Buscam recuperar os níveis de fretes e, acima de tudo, ajustar custos. Porém, os reflexos são evidentes no segmento prestador de serviços”.

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