A primeira reunião de alinhamento para a retirada do navio Pallas, soçobrado há mais de 130 anos na foz do rio Itajaí-Açu, foi realizada nesta terça-feira (6), no auditório da Superintendência do Porto de Itajaí. O encontro contou com a presença do superintendente João Paulo Tavares Bastos, trabalhadores portuários, representantes da PortoNave, sindicatos, Marinha do Brasil, Conselho das Entidades, Polícia Federal e da Autoridade Portuária de Santos (APS).
“Com muita alegria, comunicamos que hoje tivemos a primeira reunião para tratar da retirada do navio soçobrado Pallas, algo que já havíamos anunciado. A remoção trará benefícios para todo o complexo portuário, viabilizando a recepção de navios de até 366 metros”, afirmou o superintendente João Paulo Tavares Bastos.
Segundo ele, o Porto de Itajaí está cinco gerações atrasado. "Navios de 365 metros já navegam pela costa oeste da América do Sul, e precisamos integrar o Porto de Itajaí a essa movimentação. Para avançarmos, vamos oficiar a Marinha do Brasil, o Ministério da Cultura e o IPHAN, órgãos que atuaram junto conosco, neste projeto", completou.
Antes mesmo da reunião, o superintendente já havia oficiado a APS, solicitando o início do processo licitatório para contratação da empresa responsável pelo estudo técnico da operação.
Entenda o caso
No dia 8 de abril, foi assinada a portaria que cria uma comissão para acompanhar os estudos técnicos e a execução da remoção do casco do Pallas. A remoção do casco submerso do Pallas, localizado próximo ao molhe norte, no lado de Navegantes, é considerada fundamental para a expansão da capacidade operacional do porto. O planejamento prevê, além da retirada do navio, o alargamento do canal e a construção de uma nova bacia de evolução. Contudo, apenas a retirada do casco já permitirá a entrada de embarcações maiores, aumentando a competitividade do complexo portuário. “Essa ação não é importante apenas para Itajaí e região, mas para toda a economia do Brasil. Com mais navios atracando, geramos mais receita, mais competitividade e mais empregos”, concluiu o superintendente.