28 de maio de 2021

Alesc entra no debate da desestatização de portos catarinenses.

Alesc entra no debate da desestatização de portos catarinenses.

Itajaí, 28 de maio de 2021.

Superintendência do Porto de Itajaí – SPI.

Secretaria Geral de Comunicação Social - SECOM.

 

OBS: MATÉRIA RETROATIVA AO DIA 25/05/21

*COM O APOIO DE: AGÊNCIA AL – ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE SC (ALESC).

 

Alesc entra no debate da desestatização de portos catarinenses.

Assembleia Legislativa vai apoiar os trabalhadores, investidores e as comunidades que temem a desestatização dos portos instalados em Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul.

A Assembleia Legislativa vai apoiar os trabalhadores, investidores e as comunidades que temem a desestatização dos portos instalados em Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul. A garantia foi dada na manhã desta terça-feira (25) durante reunião entre o setor e a Presidência do Parlamento.

Até o momento, explicou o presidente da Alesc, deputado Mauro de Nadal (MDB), só existe especulação e informações desencontradas sobre o assunto. “Mas as reivindicações que nos trouxeram hoje têm apoio total da Presidência. A Comissão Mista que vai analisar o processo estará à disposição”, assegurou o parlamentar.

Proposto pelo deputado Volnei Weber (MDB), esse colegiado vai unir representantes das comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público, de Economia, Ciência, Minas e Energia e de Transportes e Desenvolvimento Urbano. A meta é assegurar que a Alesc possa representar o setor e dialogar com o governo do Estado. “Há uma insegurança geral por causa de notícias sobre a privatização dos portos catarinenses. Queremos saber qual é a ideia, qual é a proposta, como isso será conduzido”, afirmou.

Prefeito de Imbituba, Rosenvaldo Junior (PSB) citou que desde 2012, quando começou a administração do porto local em forma de parceria público-privada, a unidade “bate recordes anuais” de geração de renda. “A concessão é até 2037 e agora surge insegurança para quem já investiu e para quem tem interesse em investir. Precisamos saber como será isso. O porto de Imbituba tem importância para todo o Sul de Santa Catarina.”

Vice-prefeito de São Francisco do Sul, Sérgio Murilo de Carvalho Oliveira (Cidadania) explicou que o porto representa de 70% a 80% da arrecadação da cidade. “Temos uma grande preocupação, que aconteça o pior. Estamos preocupados com o que possa vir resultar com a desestatização.” Segundo ele, a unidade que fechou 2018 com uma arrecadação de R$ 50 milhões dobrou o valor em 2020. “É superavitário, então não entendemos porque privatizar."

Representando o prefeito Volnei Morastoni (MDB), o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, também avaliou os resultados financeiros. A superintendência do porto é uma autarquia municipal e superavitária. “Itajaí foi a 12ª cidade do país em arrecadação de impostos federais, ficando à frente de 19 capitais com R$ 16,2 bilhões para o governo federal.”

Conforme o dirigente, a operação já é toda privada. “É uma falácia que a privatização vai gerar maior produtividade. A operação portuária já faz isso com os trabalhadores portuários avulsos ou com trabalhadores celetistas.”

Para Beto Martins, operador do Porto de Imbituba, a reunião foi importante para mostrar à Alesc que porto não é assunto de fácil compreensão. “As cidades que vivem deles vivem exclusivamente da atividade portuária. O porto para a economia é vital, é o coração da cidade. Tudo que mexe com porto impacta toda a sociedade. O que todos querem no momento é que se possa conhecer melhor, com transparência, esse processo de desestatização. Hoje, na verdade, a atividade portuária já é privada. Quem investe é do setor privado. A autoridade portuária é que é pública. Mudar isso dá insegurança jurídica.”

Alessandro Bonassoli - AGÊNCIA AL

 

Mais informações:

*Fábio da Veiga– Superintendente do Porto de Itajaí.

(47) 3341-8360

* Fotos: Luciano Sens – Secretário Geral de Comunicação Social.

(47) 3341-8067

Autor: Luciano Sens

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