Itajaí, 18 de Setembro de 2019.
Superintendência do Porto de Itajaí – SPI.
Assessoria de Comunicação Social – ASCOM.
Superintendência do Porto de Itajaí marca presença em mais uma etapa de Oficina de Trabalhos do Projeto CSI.
Encontro aconteceu novamente em Itajaí e abordou a criação de uma matriz sobre Análise de Risco Climático em Infraestruturas para o porto.
Seguindo um cronograma de etapas desenvolvido desde fevereiro de 2018, o Porto de Itajaí, representado por uma equipe de gerentes dos setores de Operações, Meio Ambiente e Planejamento, através de sua Superintendência (Autoridade Portuária), participou nesta terça-feira, 17, durante todo o dia, no Salão de Eventos do Hotel Sandri (Itajaí), da 2ªOficina de Trabalhos do Projeto CSI.
O Porto de Itajaí está inserido como parceiro estratégico do Governo Federal e do Governo Estadual no Projeto Ampliação dos Serviços Climáticos para Investimentos em Infraestrutura - CSI (do inglês Enhancing Climate Services for Infrastructure Investiments).
Este é um projeto global conduzido pela agência alemã de Cooperação Internacional intitulado GIZ (do alemão Deutsche Gesellschaft Zusammernarbeit), que no Brasil tem a frente o Ministério do Meio Ambiente – MMA e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, sendo inicialmente recepcionado em Santa Catarina, pela Secretaria de Estado do Planejamento, e, transferido desde janeiro para a Secretaria de Estado da Defesa Civil.
O objetivo do projeto é aumentar a utilização dos serviços climáticos nacionais no planejamento e na avaliação dos riscos climáticos para os investimentos em infraestrutura, levando em conta também as mudanças climáticas vivenciadas pelo Estado de Santa Catarina nos últimos anos.
As prioridades estão relacionadas ao setor de Infraestrutura (plataformas de petróleo, rodovias, usinas hidrelétricas, linhas de transmissão e setor portuário) e, em Santa Catarina, e âmbito nacional, foram selecionados o Porto de Itajaí e a ELETROSUL para o desenvolvimento dos estudos de casos.
Nesta etapa, com a realização deste encontro, já são onze reuniões do projeto em desenvolvimento onde foram realizados em mais de um ano oficinas de trabalho, reuniões técnicas e visitas ao Porto de Itajaí e Eletrosul (Florianópolis), Assinatura do Termo de Confidencialidade junto ao Protocolo PIEVC (Comitê de Engenharia de Estruturas Públicas Vulneráveis), teleconferências entre os parceiros (Porto de Itajaí – GIZ – Ministério do Meio Ambiente – ANTAQ e SNP Secretaria Nacional de Portos), e ainda a visita do Embaixador da Alemanha no Brasil e do Cônsul Geral da Alemanha para Santa Catariana e Rio Grande do Sul (RS), acompanhados pelos representantes e demais técnicos da GIZ com membros do governo catarinense nas áreas de Defesa Civil e Planejamento.
Esta é a 2ª Oficina oficial do Protocolo PIEVC (Comitê de Engenharia de Estruturas Públicas Vulneráveis), e estão em pauta, a criação de uma matrizde risco climático cuja combinação entre os elementos de ameaça climática com os elementos de infraestrutura possam resultar na captação de dados, informações e capacidades técnicas que venham a ser úteis diretamente ao porto em suas possíveis tomadas de decisões:
“O mais importante deste encontro é que os participantes entendam esse processo de construção da matriz, de definição dos critérios de probabilidades das ameaças climáticas e a severidade das infraestruturas, pois assim poderão ser aplicados ou atualizados pelo Porto de Itajaí. Acrescento ainda que esta é uma grande oportunidade de juntar os hidrólogos, climatólogos e oceanógrafos, todos juntos com o efetivo do porto e seus engenheiros e técnicos, para os devidos entendimentos e suas limitações e possíveis demandas de ambos os lados e assim conseguir chegar num produto final que seja razoável e de interesse de todos”, destacou Pablo Borges, Assessor Técnico da GIZ.
A mudança de clima, poderá ter como consequências o aumento na frequência de eventos extremos. No Estado de Santa Catarina e município de Itajaí, existem históricos catastróficos onde já ocorreram intensos temporais, enxurradas e enchentes. Nesta região, com efeitos diretos em fortes correntezas ao longo do Rio Itajaí Açu, sendo um dos grandes motivos para o colapso dos berços do Porto de Itajaí nos anos de 1983/84 e 2008. Outros fatores precisam ser considerados na atividade portuária, como o assoreamento dos rios, ventos fortes, ondas e fortes ressacas. Com base nestes estudos, o projeto CSI busca amenizar todo e qualquer tipo de catástrofe climática.
“Desde o primeiro encontro sentimos a preocupação focada numa análise quanto as possíveis alterações climáticas que possam ocorrer nos próximos cinquenta anos e o que isso poderia exatamente impactar afetando o Porto de Itajaí. Nós sabemos que historicamente em função da própria localização do porto na Foz do Rio Itajaí Açu e do Rio Itajaí Mirim, nós sofremos com alguns eventos, notadamente a questão mais focada é sempre nas possíveis enchentes ou cheias que aconteceram ao longo destes anos. Com a implantação de uma matriz de riscos atuais onde foram estabelecidos algumas variantes e critérios para que a gente pudesse então analisar a questão da influência dos fenômenos climáticos, seja qual o maior ou menor risco e com isso estabelecer uma relação se vamos estar mais sujeito ou menos sujeito a grandes eventos com as suas consequências que podem ser muitas vezes de grande gravidade”, pontuou o Técnico de Nível Superior da Superintendência do Porto de Itajaí, Heder Cassiano Moritz.
Com base no último encontro, Pablo destaca ainda quanto a eficiência e importância deste projeto e valoriza a participação do palestrante da Costa Rica nas oficinas, Engenheiro Vladimir Naranjo:
“Entre etapas, estamos chegando a um amplo debate quanto a aplicação de uma análise de risco climático para o Porto de Itajaí. Estudos estão sendo desenvolvidas pela a UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina e pelo o INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, juntamente com outras entidades. Assim caberá a Superintendência do Porto de Itajaí se deve ou não colocar em prática para amenizar os efeitos climáticos de origem catastróficas. Estas oficinas estão sendo conduzidas pelo engenheiro Vladimir Naranjo, que é um consultor do Colégio de Engenharia da Costa Rica. Ele veio aqui graças a iniciativa da GIZ e do projeto CSI. Lá, um projeto já foi desenvolvido e muito bem aplicado com base em situação de análise de risco climático numa ponte na Costa Rica. Agora, ele está trazendo toda a sua experiência técnica e com isso transferir para nós no Brasil e mediante as necessidades apresentadas pelo Porto de Itajaí”, conclui Borges.
Participaram desta 2ª Oficina de Trabalhos do Projeto CSI sobre Análise de Risco Climático em Infraestruturas, representantes da Univali, Aquaplan, UFSC, Epagri, Defesa Civil, INPE, Secretaria de Estado do Planejamento de Santa Catarina, Superintendência do Porto de Itajaí, entre outras entidades de classe.
De acordo com a equipe técnica da GIZ, o próximo encontro será realizado em meados do mês de outubro, em Itajaí, em local ainda a ser definido. O prazo final de entrega do relatório oficial das propostas e métodos eficazes para dar suporte ao Porto de Itajaí, quanto aos assuntos de origem climáticas deverão ser concluídos até dezembro deste ano.
Ainda segundo informações da equipe da GIZ, o próximo passo será a contratação de um consultor que irá auxiliar o Porto de Itajaí a documentar todo o processo de análise de risco climático e dentro do Protocolo PIEVC (Comitê de Engenharia de Estruturas Públicas Vulneráveis), é a partir dessa análise de risco, a identificação de medidas de adaptação para minimizar os potenciais impactos com da mudança do clima.
SOBRE A GIZ:
Há mais de 50 anos Alemanha e Brasil têm trabalhado conjuntamente para o desenvolvimento sustentável. Atualmente a GIZ no Brasil emprega cerca de 140 pessoas - principalmente colaboradores nacionais. O foco do trabalho da GIZ no Brasil são as energias renováveis e a eficiência energética, bem como a proteção e o uso sustentável da floresta tropical. Além disso, temas como desenvolvimento urbano sustentável ou oportunidades de financiamento para investimentos em prol do clima desempenham um papel cada vez mais importante. Além disso, a GIZ no Brasil implementa programas globais e regionais. Presta assessoria à Secretaria Permanente da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), um importante programa regional do BMZ e do Governo dos Países Baixos, com sede no Brasil. Programas globais sobre temas como parcerias de energia ou prevenção à corrupção completam o portfólio.
Mais informações:
Heder Cassiano Moritz – Técnico em Nível Superior da SPI: (47) 3341-8089.
Amarildo Madeira – Engenheiro e Assessor de Planejamento da SPI: (47) 3341-8095.
Pablo Borges - Assessor Técnico da GIZ: (61) 99866-4740 / www.giz.de/brasil
*Texto e Fotos: Luciano Sens – Assessor de Comunicação da SPI – (47) 3341-8067.
Autor: Luciano Sens