27 de junho de 2019

Superintendência do Porto de Itajaí participa da 3ª Oficina de Trabalhos do Projeto CSI.

Superintendência do Porto de Itajaí participa da 3ª Oficina de Trabalhos do Projeto CSI.

Itajaí, 27 de Junho de 2019.

Superintendência do Porto de Itajaí – SPI.

Assessoria de Comunicação Social – ASCOM.

 

Superintendência do Porto de Itajaí participa da 3ª Oficina de Trabalhos do Projeto CSI.

Encontro aconteceu em Itajaí e promoveu o debate sobre Análise de Risco Climático em Infraestruturas.

 

Seguindo um cronograma de etapas desenvolvido desde fevereiro de 2018, o Porto de Itajaí, representado por uma equipe de gerentes dos setores de Operações, Meio Ambiente e Planejamento, através de sua Superintendência (Autoridade Portuária), participou nesta quinta-feira, 27, durante todo o dia, no Salão de Eventos do Hotel Sandri (Itajaí), da 3ªOficina de Trabalhos do Projeto CSI.

O Porto de Itajaí está inserido como parceiro estratégico do Governo Federal e do Governo Estadual no Projeto “Ampliação dos Serviços Climáticos para Investimentos em Infraestrutura - CSI (do inglês Enhancing Climate Services for Infrastructure Investiments).

Este é um projeto global conduzido pela agência alemã de Cooperação Internacional intitulado GIZ (do alemão Deutsche Gesellschaft Zusammernarbeit), que no Brasil tem a frente o Ministério do Meio Ambiente – MMA e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, sendo inicialmente recepcionado em Santa Catarina, pela Secretaria de Estado do Planejamento, e, transferido desde janeiro para a Secretaria de Estado da Defesa Civil.

O objetivo do projeto é aumentar a utilização dos serviços climáticos nacionais no planejamento e na avaliação dos riscos climáticos para os investimentos em infraestrutura, levando em conta também as mudanças climáticas vivenciadas pelo Estado de Santa Catarina nos últimos anos.

As prioridades estão relacionadas ao setor de Infraestrutura (plataformas de petróleo, rodovias, usinas hidrelétricas, linhas de transmissão e setor portuário) e, em Santa Catarina, e âmbito nacional, foram selecionados o Porto de Itajaí e a ELETROSUL para o desenvolvimento dos estudos de casos.

Com o encontro desta quinta-feira, 27, esta já é a décima etapa do projeto em desenvolvimento. Foram realizados em mais de um ano oficinas de trabalho, reuniões técnicas e visitas ao Porto de Itajaí e Eletrosul (Florianópolis), Assinatura do Termo de Confidencialidade junto ao Protocolo PIEVC (Comitê de Engenharia de Estruturas Públicas Vulneráveis), teleconferências entre os parceiros (Porto de Itajaí – GIZ – Ministério do Meio Ambiente – ANTAQ e SNP Secretaria Nacional de Portos), e ainda a visita do Embaixador da Alemanha no Brasil e do Cônsul Geral da Alemanha para Santa Catariana e Rio Grande do Sul (RS), acompanhados pelos representantes e demais técnicos da GIZ com membros do governo catarinense nas áreas de Defesa Civil e Planejamento.

Esta 3ª Oficina formou grupos para alinharem novas informações e com isso complementar subsídios para serem aplicados nas próximas etapas do Protocolo. De acordo com Pablo Borges, Assessor Técnico da GIZ, as atenções estão voltadas para a rotina de trabalho no Porto de Itajaí, onde através de suas operações de navios, algumas prioridades já estão em fase de trabalho:

“Estamos discutindo os primeiros passos para aplicação de uma análise de risco climático para o Porto de Itajaí. Isso é uma abordagem que foi desenvolvida no Canadá, através de uma associação que aqui é idêntica aos padrões do CREA. Atualmente nós estamos dando os primeiros passos que é definir quais são as infraestruturas adequadas, quais são as ameaças climáticas e assim definir o que é mais relevante para o Porto de Itajaí. Aqui em Itajaí, já temos alguns estudos de ameaças climáticas, como a questão das cheias e chuvas fortes, que estão sendo desenvolvidas pela a UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina e pelo o INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais”, e que consequentemente caberá a superintendência do Porto de Itajaí se deve ou não colocar em prática para amenizar os efeitos climáticos de origem catastróficas”, pontuou Borges.

Participante efetiva do Projeto, a Defesa Civil do Estado de Santa Catarina atualmente é o órgão mais preparado no Brasil para o monitoramento de estudos críticos ou situações de alerta climáticos. Com base nos estudos já realizados no Porto de Itajaí, o órgão é um importante parceiro para colaborar com suas atividades portuária sem a incidência de problemas causados por enchentes ou fortes enxurradas:

“O Porto de Itajaí já foi afetado por inundações. Altas vazões ao longo do cais interromperam a navegabilidade do canal de acesso, e, também podemos citar a questão de agitação marítima que podem vir a danificar as estruturas dos molhes. Também estamos trabalhando com as situações de nevoeiros que afetam a navegabilidade de embarcações aos terminais ao longo do complexo. São essas principais áreas, além dos avisos meteorológicos que são realizados em tempo real antecedendo qualquer manifestação climática instável, e, que podem ajudar nas operações do porto”, afirmou Frederico Rudorff, Coordenador de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Santa Catarina.

Durante o encontro foram abordados ainda assuntos gerais que destacam as atividades que envolvem o Complexo Portuário de Itajaí, como acessos rodoviários (terrestre), aquaviário, molhes, berços/cais, pátio de armazenamento, Píer de Atracação Turística, operações de carga e descarga, operações de navios, escoamento de contêineres, entre outros itens relevantes.

A mudança de clima, poderá ter como consequências o aumento na frequência de eventos extremos. Em Santa Catarina são previsíveis temporais, enxurradas e enchentes, com efeitos diretos em fortes correntezas ao longo do Rio Itajaí Açu, sendo um dos grandes motivos para o colapso dos berços do Porto de Itajaí nos anos de 1983/84 e 2008. Outros fatores precisam ser considerados na atividade portuária, como o assoreamento dos rios, ventos fortes, ondas e fortes ressacas. Com base nestes estudos, o projeto CIS busca amenizar todo e qualquer tipo de catástrofe climática.

De acordo com o Técnico de Nível Superior da Superintendência do Porto de Itajaí, Héder Cassiano Moritz, diversos pontos do projeto para o Porto de Itajaí podem ser identificados, “Dentro destes conceitos nós definimos o que pode ser considerado prioritário em termos de impacto e, logicamente por sua forte atuação, as enchentes se tornam um dos pontos com maior destaque, pois além de sua possibilidade de causar paralização das atividades, ela pode causar danos e avarias nas estruturas, nos berços e pode impactar em perda de profundidade, aumento de correnteza entre outros fatores negativos. Não estamos de olho em situações presentes, pois isso a própria previsão meteorológica já realiza este serviço e temos condições de saber através dos vários órgãos que trabalham com essa questão de previsão do tempo, de hidrologia, e cada vez mais está melhorando. A ideia é saber se essas condições que temos hoje, se elas podem sofrer alterações em função da questão das mudanças climáticas e saber se pode haver um aumento nessas incidências ou contrário, uma situação que não estamos visualizando. É importante, pois quando você tem esse estudo e acompanhamento, você pode também levar em consideração para um planejamento futuro em termos de expansão do Porto. Mais importante ainda são os investimentos a serem aplicados nesta área”, conclui.

De acordo com a equipe técnica da GIZ, o próximo encontro será realizado em meados do mês de outubro, em Itajaí, em local ainda a ser definido. O prazo final de entrega do relatório oficial das propostas e métodos eficazes para dar suporte ao Porto de Itajaí, quanto aos assuntos de origem climáticas deverão ser concluídos até dezembro deste ano.

SOBRE A GIZ:

Há mais de 50 anos Alemanha e Brasil têm trabalhado conjuntamente para o desenvolvimento sustentável. Atualmente a GIZ no Brasil emprega cerca de 140 pessoas - principalmente colaboradores nacionais.  O foco do trabalho da GIZ no Brasil são as energias renováveis e a eficiência energética, bem como a proteção e o uso sustentável da floresta tropical. Além disso, temas como desenvolvimento urbano sustentável ou oportunidades de financiamento para investimentos em prol do clima desempenham um papel cada vez mais importante. Além disso, a GIZ no Brasil implementa programas globais e regionais. Presta assessoria à Secretaria Permanente da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), um importante programa regional do BMZ e do Governo dos Países Baixos, com sede no Brasil. Programas globais sobre temas como parcerias de energia ou prevenção à corrupção completam o portfólio.

 

Mais informações:

Héder Cassiano Moritz – Técnico em Nível Superior da SPI: (47) 3341-8089.

Amarildo Madeira – Engenheiro e Assessor de Planejamento da SPI: (47) 3341-8095.

 

Texto e Fotos: Luciano Sens – Assessor de Comunicação da SPI – (47) 3341-8067. 

Autor: Luciano Sens

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