Porto de Itajaí realiza segunda grande reunião do CIS – Projeto de ampliação de serviços climáticos para investimentos em Infraestrutura.
Encontro promoveu a discussão de efeitos climáticos em caso de futuros desastres naturais no Porto de Itajaí.
O projeto visa estudar futuros efeitos climáticos em função das ocorrências extremas vivenciadas pelo Estado nos últimos anos e prevê a intensificação mais acentuada de extremos climáticos.
O Governo Brasileiro, em conjunto com o Governo Alemão, reuniram forças e elaboraram o Projeto CSI-BRASIL (Climate Services for Infrastructure), que busca projetar mudanças climáticas para elaboração de medidas de adaptação ou planejamento e prevenção de inúmeras ações da natureza.
Nesta segunda-feira, 24, foi realizado na sede da Superintendência do Porto de Itajaí, o primeiro encontro de entidades públicas e privadas que visam desenvolver ações de caráter prático e aplicado, com a orientação à engenharia do país na mudança de paradigmas de dimensionamento, tanto na adaptação das infraestruturas existentes, quanto naquelas planejadas, com metodologias e parâmetros que incorporem a realidade, em novas bases de conhecimento e qualificação da decisão.
Para incrementar metodologias de trabalho em relação aos estudos climáticos, pré-reuniões ocorreram nos dias 22 e 23 de fevereiro deste ano, em que representantes do Estado se encontraram com a comitiva alemã GIZ (Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit), que propôs o projeto através de uma parceria bilateral do Governo do Brasil, por meio do Ministério do Meio Ambiente.
Neste primeiro passo, foi decidido durante reunião, os possíveis parceiros dos setores de infraestruturas estratégicas. A ampliação da utilização dos serviços climáticos em nível nacional visa a análise de risco em infraestrutura e foca no setor de energia e transporte, dentro desta iniciativa e estão sendo realizados estudos de caso no Porto de Itajaí e linhas de transmissão da Eletrosul.
Neste segundo encontro participaram representantes e membros direto do Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Estado do Planejamento, GIZ, Epagri/CIRAM, Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Defesa Civil de Itajaí e Fractal Engenharia, e permitiu às entidades compartilharem seus dados de pesquisa e informações para que possam ser alinhados o que cada instituição pode colaborar na elaboração do planos, e por assim, desenvolver novos planos na causa de ações naturais e futuras mudanças climáticas através de conhecimento do histórico de impactos de ações climáticas no Porto de Itajaí, como enchentes, neblinas, fortes correntezas, enxurradas, entre outras ações da natureza.
Para que seja realizado a análise de risco do impacto da mudança climática na infraestrutura existe um processo que antecede a análise de risco, de identificar de qual é o serviço climático que tem que ser desenvolvido.
Jaqueline Madruga,também responsável pela ação do projeto CSI, cuja atuação está agregada como analista ambiental pelo Ministério do Meio Ambiente, destaca os assuntos abordados neste encontro, “Nós colocamos este grupo no dia de hoje para exatamente identificar a partir das ameaças e danos que o Porto de Itajaí já sofreu em função do clima. Pretendemos identificar quais fenômenos meteorológicos podem estar associados a isso e que tipos de informações podem ser geradas, pois assim então será possível analisar desde o passado até hoje e certamente o futuro, se esta tendência tende a aumentar ou melhorar”, comentou.
De acordo com oAssessor de Direção da Superintendência do Porto de Itajaí, Héder Cassiano Moritz, diversos pontos do projeto para o Porto de Itajaí podem ser identificados, “Dentro destesconceitos nós definimos o que pode ser considerado prioritário em termos de impacto e, logicamente por sua forte atuação, as enchentes se tornam um dos pontos com maior destaque, pois além de sua possibilidade de causar paralização das atividades, ela pode causar danos e avarias nas estruturas, nos berços e pode impactar em perda de profundidade, aumento de correnteza entre outros fatores negativos. E também comenta a importância do projeto em longo prazo “Não estamos de olho em situações presentes, pois isso a própria previsão meteorológica já realiza este serviço e temos condições de saber através dos vários órgãos que trabalham com essa questão de previsão do tempo, de hidrologia, e cada vez mais está melhorando. A ideia é saber se essas condições que temos hoje, se elas podem sofrer alterações em função da questão das mudanças climáticas e saber se pode haver um aumento nessas incidências ou contrário, uma situação que não estamos visualizando. É importante, pois quando você tem esse estudo e acompanhamento, você pode também levar em consideração para um planejamento futuro em termos de expansão do Porto”, conclui.
Para a próxima reunião, pré-agendada para a primeira semana de dezembro, ficaram como tarefas e ações a serem discutidas como: levantamento de outros possíveis participantes e mais dados significativos, verificação de demanda dos provedores de serviços climáticos, a verificação de relação de barragens e enchentes e outros tópicos.
Mais informações:
Héder Cassiano Moritz -Assessor de Direção da Superintendência do Porto de Itajaí.
Luciano Sens – Assessor de Comunicação do Porto de Itajaí.
(47) 3341-8067.
Texto e Fotos: Fabricio Zarrilli Pereira – Estagiário ASCOM/SPI.
Autor: Luciano Sens